MCP participa do 13º CBA e lança os projetos Da Terra à Mesa e Raízes Agroecológicas
- MCP Brasil

- Oct 28
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Entre os dias 15 e 18 de outubro aconteceu o 13º Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA) em Juazeiro (BA), um importante saldo político e organizativo para o Movimento Camponês Popular (MCP). Estivemos presentes com uma delegação vindos de Minas Gerais, Goiás, Pará, Sergipe e Pernambuco, reafirmando a força e a unidade do nosso projeto político de agroecologia popular e soberania alimentar.
Durante o congresso, o MCP teve atuação destacada em diversos espaços de formação, articulação e debate político, reafirmando como sujeito coletivo na disputa pelos rumos da agroecologia no Brasil. Nossa presença foi ativa e propositiva no Seminário do Programa Da Terra à Mesa, iniciativa estratégica do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), onde reforçamos a centralidade da produção camponesa, a valorização das sementes crioulas e a necessidade de políticas públicas construídas a partir das bases populares, que garantam a soberania alimentar e o fortalecimento da agricultura familiar e agroecológica.

O MCP também esteve presente no lançamento do projeto Raízes Agroecológicas, financiado pelo FIDA e pela União Europeia, executado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) como líder técnica a nível trinacional. O Raízes Agroecológicas é implementado por uma ampla rede de parceiros, reforçando o debate técnico e político sobre a preservação da agrobiodiversidade e o resgate das práticas ancestrais de cultivo como estratégias centrais para a soberania alimentar e a autonomia dos povos do campo. A iniciativa apresenta os corredores agroecológicos como inovação da construção de sistemas produtivos sustentáveis e na defesa dos territórios frente ao avanço do agronegócio e à financeirização da terra e dos alimentos.

Também tivemos presença marcante no Tapiris de Saberes, espaço que expressa a diversidade e a força das experiências agroecológicas construídas a partir dos territórios. Nossas companheiras e companheiros apresentaram trabalhos técnicos e vivências concretas de base, evidenciando que a agroecologia que praticamos no dia a dia é, ao mesmo tempo, ciência viva, ação política e gesto de solidariedade. Foi um momento de reafirmar que o saber camponês, forjado na luta e na coletividade, é parte essencial da construção do conhecimento agroecológico e da transformação social que o 13º CBA inspira.
Voltamos aos nossos territórios ainda mais convictos de que a agroecologia é um projeto de vida e de poder popular, e que a luta por terra, dignidade e autonomia camponesa se alimenta da troca, da mística e da construção coletiva que vivenciamos.

Texto: Diego Eleonaldo - MCP/Sergipe
Luiz Fernando - MCP/Sergipe

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