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Divisor-Movimento-Campones-Popular@4x.pn
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PARÁ

O Movimento Camponês Popular (MCP) inicia sua organização no Estado do Pará após a definição de nacionalização do movimento. Primeiro participaram dois camponeses como observadores do VII Seminário Nacional da Agrobiodiversidade e Sementes Crioulas em Goiânia Goiás em 2016. Em novembro do mesmo ano, a direção nacional do movimento visitou vários municípios do Pará num período de seis. A visita culminou com a reunião de organização do grupo de articulação estadual em Santa Maria do Pará.

A partir da primeira reunião o grupo de articulação fez visitas a outros municípios com intuito de consolidar os grupos de base e mobilizar para o primeiro encontro estadual. O primeiro encontro foi realizado em março de 2017 em Santa Luzia do Pará, com a participação dos municípios de Salinópolis, Mãe do Rio, Ipixuna do Pará, Santa Luzia do Pará, Bragança, Tracuateua e Igarapé Açu. Também contamos com a direção nacional e CEPIS que auxiliou com análise de conjuntura e as estratégias frente o processo de golpe contra a democracia.

Durante o I encontro e na ocasião das visitas, foi distribuídas sementes de milho e feijão para 94 famílias. As sementes possibilitaram as roças coletivas e familiares para fins de consumo e multiplicação de sementes.

A partir do encontro se definiu prioridades no estado. A primeira foi fomentar o processo de produção através de levantamento e distribuição das sementes crioulas, depois somar força na luta das mulheres no dia 08 de março e contra a reforma da previdência. Para além desta pauta, se encaminhou agendas periódicas de reunião da coordenação estadual e um processo de formação sistemático.

A articulação do movimento com vários parceiros é um ponto fonte na história no Pará. Construímos uma frente de diálogo com os Núcleos Estudos em Agroecologia (NEA´s), ECRAMA, EMBRAPA, STTR´s, FETAGRI, COOPERATIVAS, Frente Brasil Popular, Plataforma de Energia Operaria e Camponesa, Instituto das UFPA, entre outros. 

Ainda no ano de 2017, o MCP Pará participou com uma delegação de 22 companheiros – na histórica viagem de micro-ônibus – do VIII SENASC em Aracaju, Sergipe. Foi neste seminário que o Pará foi convidado à sediar o IX Seminário Nacional.

O ano de 2018, além dos calendários de reuniões e das lutas, foi o período de mobilização e animação dos grupos para organização do IX Seminário Nacional em Belém do Pará. Foram realizados encontros preparatórios, formação para as cirandeiras, visitas aos grupos, organização das equipes de trabalho, além da consolidação das coordenações municipais. No fim deste mesmo ano se realizou o II Encontro Estadual do MCP em Ipixuna do Pará que celebrou os 11 anos de movimento no Brasil. Regado a muita chuva de início do inverno Amazônico, o encontro discutiu a participação do IX seminário nacional e o avanço da organização produtiva no estado.

Em 2019, a cena foi tomada pela articulação do IX Seminário Nacional da Agrobiodiversidade e Sementes Crioulas, que, com esforço do movimento nacional e estadual em parceria com o INEAF/UFPA e movimentos sociais foi realizado em julho às margens do Rio Guamá no Campus da UFPA com a participação de mais de 500 pessoas. O evento contou com delegações de quatro estados, mas um grupo de Moçambique que permaneceu no Pará em Intercâmbio com os camponeses.

Encerramos o ano de 2019, articulando a pauta das sementes crioulas no Programa PAA sementes gerida pela CONAB, fornecida pela CONAB/SUREG-Belém através da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (SEDAP). Distribuímos uma tonelada de semente de milho Sol da Manhã em nove municípios do nordeste paraense.

 Em 2020, já sob o drama de Pandemia devido o Novo Coronas Vírus – COVID 19 iniciou entre os meses de abril e maio a organização de 83 toneladas de alimentos a serem entregues as famílias vulneráveis a COVID 19. A campanha de solidariedade entregou 2.800 (duas mil e oitocentas) cestas com alimentos produzidos pela agricultura camponesa para 1.400 (hum mil e quatrocentas) famílias de nove municípios paraenses. Esta ação envolveu vários parceiros locais numa rede do bem contra a fome e o retrocesso aprofundado pelo bolsonarismo.

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Piauí
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PIAUÍ

O MCP surge no estado de Piauí a partir da necessidade de organizar os camponeses e camponesas na região em busca de melhoria da renda e qualidade de vida.

 

O desafio é organizar, juntamente com as famílias, uma produção limpa, diversificada e sustentável. Lutar pelos direitos garantidos na Constituição Federal, como acesso à água, sementes, terra, moradia, saúde... Enfim, todos os direitos que as famílias camponesas devem ter.

 

Surge também, a fim de fixar suas raízes, aliança com outros movimentos do campo e urbanos, sindicatos rurais e urbanos e simpatizantes, que defendem a luta de classe em defesa do campo e da cidade; em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade para fortalecer o debate da igualdade de gênero, racial, juventude.

 

O MCP está situado na região Sul do Estado. É uma região que está dentro Projeto MATOPIBA para expansão do agronegócio. Há grande muita presença de agricultores familiares desassistidos pelas políticas públicas relacionadas à qualidade de vida e melhoria da renda.

 

O estado possui as diversas características de produção. Porém, tem avançado no modelo produtivo do agronegócio. A produção camponesa ainda é forte na região e é focada no próprio sustento e o excedente comercializa.

 

Na grande maioria, a produção é realizada de forma tradicional e manual cultivando a diversidade de produtos e mantendo um modelo sustentável. Em algumas localidades tem destaque a criação animal como caprino e ovino e criação de aves. Outra atividade que é importante é a apicultura, tendo em vista que o Piauí é o terceiro maior produtor de mel do país. Há, ainda, o cultivo de hortaliças (alface, coentro, cebola de cheiro, cenoura, beterraba, rúcula). A centralidade da produção é o cultivo de milho e feijão verde para consumo interno e também para sementes, além da cultura da Mandioca/ Aipim/ Macaxera, que tem seu destaque na culinária local ao ser beneficiada e transformada em tapioca e farinha.

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Pernambuco
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PERNAMBUCO

O MCP se constitui em Pernambuco no ano de 2017 no sertão do Pajeú. Neste período recebemos algumas visitas das instâncias nacionais e realizamos algumas conversas com o MST e outros movimentos e organizações parceiras para articular a entrada do movimento no estado e início dos trabalhos. Foi um ano de muitas conversas, onde construímos a base política para a atuação do movimento em Pernambuco. Trouxemos nossas bandeiras de luta e, a partir de uma minuciosa leitura de contexto partimos para o trabalho de base. As sementes crioulas e a luta por soberania alimentar sempre estiveram no centro da nossa ação, de forma que rapidamente as comunidades camponesas vestiram a camisa do movimento.

Iniciamos o ano de 2018 com a realização do primeiro Encontro Regional e distribuição de sementes no sertão do Pajeú, com presença massiva de vários grupos de base de diferentes municípios da região. Ainda nesse ano iniciamos a ampliação das nossas articulações no âmbito institucional, em virtude do início de construção das demandas junto às comunidades organizadas pelo MCP. Centramos nosso trabalho no levantamento de dados com o objetivo de dar resposta na produção de alimentos de qualidade, a partir das sementes crioulas.

O ano de 2019 foi um ano cheio de atividades. Iniciamos um processo de maior estruturação do movimento e ampliação dos núcleos de base em diferentes territórios e regiões do estado. Realizamos a compra e distribuição de sementes no agreste, apresentamos demandas de 24 toneladas de sementes à CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento). Realizamos dois encontros estaduais, em fevereiro e dezembro, e participamos do IX Seminário de Agrobiodiversidade e Sementes Crioulas, com facilitação de oficinas, mesas de debates sobre sementes e alimentação saudável.

 No ano de 2020, com a produção já estruturada, tivemos uma excelente colheita de grãos e sementes. Devido à pandemia tivemos que suspender nosso calendário de atividades presenciais para o ano, mas mantivemos, na medida do possível, as atividades que podiam ser realizadas em ambiente virtual. Assim, optamos por continuar o processo de estruturação das coordenações municipais e estadual e embarcamos em um processo de formação da militância sobre organização de base e manejo das ferramentas virtuais, mantendo no horizonte a superação da pandemia, a retomada do trabalho presencial e os desafios postos pelo sucateamento e esvaziamento de políticas públicas de apoio à agricultura familiar. Apesar do cenário difícil, priorizamos as articulações no âmbito estadual e municipais, como forma de continuar no processo de estruturação do movimento no estado. Além disso, participamos ativamente de várias campanhas de solidariedade, a MCP Solidário, a Mãos Solidárias e a Periferia Viva. No âmbito dessas campanhas realizamos ações de arrecadação de doação de alimentos em bairros do Recife e em cidades do interior do estado como Afogados da Ingazeira e Bonito.

O futuro da classe trabalhadora depende da capacidade de organização e luta que ela esteja preparada para enfrentar. O MCP em Pernambuco reafirma o seu compromisso com os processos de resistência históricos e as experiências de transformação levadas adiante pelo povo trabalhador. Somos camponeses e camponesas em luta por Soberania Alimentar e Poder Popular.  

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Sergipe
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SERGIPE

No estado de Sergipe há uma grande diversidade e quantidade de pessoas que vivem no campo, sendo a agricultura uma das principais atividades que movimentam a economia da maioria das regiões, conseguindo destaque nacional na produção de frutas e grãos (laranja, coco, milho, feijão e arroz, respectivamente) tendo parte significativa dessa produção com mais diversidade ainda sendo tocada pela agricultura familiar e camponesa, com grande necessidade de apoio e organização produtiva, a começar pelo poder dar sementes, e da tradição de poder armazenar e multiplicar as variedades, podendo assim avançar nas cadeias produtivas e seus desdobramentos.

Para isso o MCP Sergipe tem trabalhado não apenas no âmbito do resgate e multiplicação de sementes crioulas, mas também na construção de articulações de redes que vem desenvolvendo este trabalho (como a Rede Sergipana de Agroecologia e a Articulação do Semiárido) e luta por políticas públicas para fortalecimento destas pautas fundamentais para a agricultura camponesa, entendendo que o princípio da unidade fortalece as organizações e possibilita mais conquistas e avanços.

A concentração fundiária e os monocultivos são fatores agravantes que fazem parte da realidade brasileira não sendo diferente no estado de Sergipe, fatores esses que ainda deixam a agricultura camponesa a mercê de um sistema produtivo que não cabe a diversidade e a riqueza cultural de cada localidade, a exemplo disso temos a região sul que historicamente é conhecida como a maior produtora de citrus, mas que atualmente enfrenta a decadência desta cultura por infestações de pragas e doenças significativas que prejudicaram muito a produção nos últimos anos, comprovando que a lógica da monocultura e o uso de pacotes tecnológicos (adubos, mudas/sementes e agrotóxicos) não têm conseguido dar respostas às necessidades da população camponesa, em resposta a isto, temos o avanço do cultivo de milho transgênico no estado nas regiões sul e centro sul, o que também tem ocasionado a erosão genética de variedades que fazem parte do patrimônio da agrobiodiversidade sergipana e nordestina.

Para isso, defendemos o  trabalho a partir de uma  produção mais limpa de alimentos, entendendo os processos que nos  levam a isso, através da Agroecologia, que para além da valorização e retomada da forma sustentável do povo camponês fazer agricultura é necessário haver um enfoque local, baseado no uso daquilo que é natural e cultural de cada região e cada bioma, propiciando o desenvolvimento de arranjos locais que superem o método do agronegócio de se fazer agricultura, que tem ameaçado os diversos biomas. É preciso valorizar a agrobiodiversidade e estimular as experiências locais de uso e conservação dos recursos genéticos vegetais e animais, especialmente a aqueles que envolvam o manejo de raças e variedades locais, tradicionais ou crioulas.

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Goiás
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GOIÁS

O MCP está organizado nas regiões sudeste, Estrada de Ferro, Nordeste Goiano, Noroeste e Norte. Assim, o Movimento se faz presente em 27 municípios goianos.

_ Contexto histórico que perpassa pela necessidade de atuação do movimento no estado.

No ano de nascimento do MCP (2008) o Brasil passava por profundas transformações, sendo que uma delas era a discussão do Programa Nacional de Agroenergia do Governo Federal, que trazia para a centralidade produtiva do campo a produção de agrocombustíveis. Nesse contexto o estado de Goiás, já concentravam grandes áreas de produção de cana-de-açúcar, contava com uma área cultivada de 401 mil hectares na safra 2008/2009 (CONAB, 2008). E o programa estimulava não só os grandes proprietários de terra a produzir, como também os pequenos agricultores, o que seria um desastre, já que os camponeses têm áreas pequenas e teriam que optar em produzir combustível e produzir alimentos.

Dessa forma, o MCP surge como justa reação a essa proposta que só iria provocar mais fome e pobreza no campo e na cidade. Assume como princípios a afirmação da autonomia camponesa, através da construção da soberania alimentar e poder popular.

A centralidade da ação do MCP junto aos camponeses foi o resgate, a produção e multiplicação das variedades de sementes crioulas, além da luta por melhores condições de produzir, como acesso ao crédito, assistência técnica, comercialização e a de viver melhor no campo, com acesso a moradia digna, escolas rurais, energia, agua potável, estradas, entre outras necessidades. 

Saiba mais sobre o MCP

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