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Dia Internacional da Luta das Mulheres



Memória, Resistência e Luta Camponesa por Direitos à Cultura, à Saúde, à Segurança e a Produção de Comida Saudável.


O histórico dia 8 de março chegou! É o dia de juntar força na luta pela vida de nossas mulheres, jovens e meninas. Essa data é marcada por mobilizações de denúncias a uma série de desigualdades vivenciadas pelas mulheres. É o dia de refletir sobre os direitos das mulheres, especialmente ao combate a todo tipo de violência. O mês de março é tempo de intensificar a luta e reafirmar a importância de dá continuidade da memória, seguir denunciando e reivindicando um mundo com autonomia, liberdade e justiça climática.

A situação violenta de subordinação das mulheres é decorrente do processo histórico. Não se trata de inferioridade biológica, mais de uma sociedade baseados em valores da propriedade privada, sendo, portanto, o patriarcado a base dessa violência estrutural e o machismo o pilar central, responsável por dizimar milhares de mulheres diariamente em todo mundo, em suas várias facetas expressas na consumação nos diversos tipos de violência (físicas, psicológicas, patrimoniais).


A violência está escancarada e atinge cerca de 60% das mulheres Brasileiras[1], por vezes, começa na casa e termina na delegacia, no hospital ou mesmo no cemitério com feminicídio. Se tratando da violência sofrida pelas mulheres camponesas, se quer existem dados suficientes para este diagnóstico, o que pode esconder um quadro ainda mais violento. Mecanismos coletivos e sociais vem sendo a ferramenta de enfretamento à barbárie imposta as mulheres, como a Campanha permanente “SE TEM VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER A GENTE METE A COLHER”, organizada por Movimento Camponês Popular Brasil (MCP). A campanha apresenta dados alarmantes, como os da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH),queregista no primeiro semestre de 2022,31 mil casos de denúncias de violência doméstica e/ou familiar, além de 169.679 violações sofridas por mulheres no Brasil.


Os números disponíveis pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública[2], apresenta o crescimento do número de casos de feminicídio. Em relação aos casos de estupro, foram 29.285 vítimas nos seis primeiros meses do ano de 2022, com triste Ranking para a Região Norte que registrou maior crescimento no primeiro semestre de 2022, comparados aos últimos quatro anos. As mulheres negras foram as principais vítimas.

Esses números representam a insegurança das mulheres brasileiras, de modo a unificar as lutas de mulheres de diferentes organizações, em especial das mulheres camponesas em torno do Feminismo Camponês Popular. O feminismo popular, tem por concepção a análise e ação da sociedade de classes, dominada pelo capitalismo que explora, domina e oprimi as mulheres e suas lutas. O feminismo popular é uma força em movimento este modelo econômico, social e cultural para além da construção teórica, mas como ferramenta da ação concreta em defesa da vida e da natureza.

Após o período de desmonte das políticas no Brasil, às ruas são espaços e a luta o meio de garantir direitos, nossa voz permanece firme. É certa que avançamos nas conquistas, mas ser mulher é lhe dá com a falta de oportunidade de trabalho, preconceito com voto, responsáveis pela reprodução familiar (cuidado com a família), morte por depressão pela condição de ser mulher. Além da garantia de renda extra, privação do lazer e múltiplas jornadas de trabalho as quais são submetidas diariamente.

Como se não bastasse as mazelas impostas, a privação a bens naturais é uma realidade. A falta de acessoà terra, a água, a moradia, a biodiversidade e condições dignas de trabalho e aos diretos de seguridade social, somam a perda de direitos trabalhistas que fora conquistado com muita luta e sangue. A luta das mulheres organizadas nos movimentos sociais é atual e legitima, constituia jornada por garantia de direitos básicos.


A ameaça a soberania nacional, como também a serviços públicos relacionados a saudade, produção de energia, educação e produção de alimentos e abastecimento social atingem em primeiro plano as mulheres, e, as tornam vítimas da ganancia da aliança ruralista do agronegócio, das políticas de deputados e governadores ante luta feminista, setores empresariais e financeiros, em vista, ao avanço do projeto fascista disseminada na sociedade brasileira financiador por interesses privados internacionais.


Mas é chegado um novo tempo, inaugurado com a vitória do presidente Lula. Tempo de renovar as esperanças, de motivar quem está desanimada a retomar o papel protagonista na história. É o tempo do advento das políticas públicas, das de pautas de negociações com poder de escuta, de reconhecimento e garantir de direitos. Tempo de mobilizar e manter a participação social ativa. É tempo de nova luta em defesa da democracia, com resistência e denúncia da parcela fascista presente no congresso nacional.


As políticas, os instrumentos públicos e a participação social são meios de garanti efetivos direitos a uma vida saudável para mulheres, para isso é necessário levar em conta as pautas prioritárias no âmbito das ações governamentais. Firmar o pé, resisti nas conquistas, apresentar nossas demandas são algumas das ações que nos mobilizam para a luta, sobretudo nos dias 07 e 08 de março. Mas temas como violência, sucessão da juventude feminina rural, melhores condições de vida no campo, direito a permanecer junto a família, são razões que tornam o dia 08 de março um dia de luta internacional.


[1]Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2022. [2] https://forumseguranca.org.br/publicacoes/violencia-contra-meninas-e-mulheres/

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