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Em defesa da pesquisa, da ciência e da Embrapa pública e a serviço dos interesses do povo brasileiro

O Movimento Camponês Popular (MCP) diante das mudanças históricas, dos retrocessos e conjunturas desafiadoras, manifesta total repúdio ao processo de entrega da EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), que vem sendo implementado nos últimos meses pelo governo Bolsonaro ao setor privado.



Os brasileiros e brasileiras têm orgulho da história da empresa que, desde sua fundação, é responsável por realizar uma pesquisa agropecuária de qualidade, que fomentou o desenvolvimento de diferentes tecnologias para o campo brasileiro e também responsável pela constituição da identidade de um povo lutador. Nas últimas décadas, a EMBRAPA tem sido alvo de diferentes tentativas de desmonte e, ao mesmo tempo, marcada por duros processo de resistência. Nessa trajetória, profundas transformações negativas ocorreram principalmente no atual período impulsionadas pelos sucessivos desgovernos desde o pós-golpe de 2016, até a coroação, com a eleição, do atual governo e sua política privatista.


A privatização da Embrapa segue um ritual de entrega do patrimônio público a setores do capitalismo ruralista brasileiro, que subordinados aos interesses de demandas de grupos internacionais e coordenada pela política do governo Bolsonaro, cometem uma verdadeira traição aos interesses nacionais e à soberania do povo brasileiro. É um verdadeiro desmonte do setor público!


A EMBRAPA é uma empresa pública, a serviço do desenvolvimento do rural brasileiro, que contribui de maneira muito qualificada na produção científica e tecnológica, vastas pesquisas no setor agropecuário. As pesquisas possibilitam investimentos financeiros, além de espaço para elaboração de políticas públicas, o que a torna a empresa genuinamente brasileira uma referência internacional.


Defendemos uma EMBRAPA com sua pesquisa voltada para atender as necessidades dos sujeitos que ao longo do tempo foram secundarizados e marginalizados, entre os quais estão os camponeses, os quilombolas, os indígenas. São estes povos os responsáveis por produzir alimentos que chegam à mesa dos brasileiros, geram trabalho no campo, e sua concepção de agricultura permite equilíbrio com o meio ambiente por meio da agroecologia. A produção de conhecimento deve estar a serviço do povo.


Um caminho de resistência continua sendo trilhado. O MCP se solidariza com todo corpo da EMBRAPA neste momento de ameaças e indefinições, se colocando na defesa desta tão prestigiada instituição, que compõe o patrimônio da pesquisa agropecuária brasileira, e enfileira a frente dos que ousam resistirem e defender nossa soberania nacional.


Camponeses e camponesas, em luta: por soberania alimentar e poder popular!

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