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JORNADA NACIONAL DE LUTA CAMPONESA 2025

  • Writer: MCP Brasil
    MCP Brasil
  • May 26
  • 3 min read

Por comida saudável, justiça climática e dignidade no campo



Entre os dias 19 a 22 de maio de 2025, o Movimento Camponês Popular (MCP) realizou a Jornada Nacional de Luta Camponesa, mobilizando milhares de famílias em sete estados brasileiros: Goiás, Minas Gerais, Maranhão, Pará, Piauí, Sergipe e Pernambuco. A jornada teve como foco principal a defesa da soberania alimentar, da agroecologia, da justiça climática e da moradia digna no campo.



A mobilização integra a Pauta Nacional de 2025, que apresenta propostas concretas para fortalecer a agricultura camponesa, proteger os biomas e garantir os direitos sociais das famílias do campo. Entre os principais eixos estão:

  • Moradia Camponesa e Infraestrutura: contratação imediata de moradias, universalização de cisternas e acesso à energia solar;

  • Justiça Climática e Produção Saudável: combate ao desmatamento, incentivo à agroecologia e responsabilização do agronegócio pelos danos ambientais;

  • Mecanização e Tecnologias Camponesas: máquinas adequadas, polos tecnológicos e acesso à internet rural;

  • Reforma Agrária Popular e Território: expropriação de terras ilegais e proibição de venda a estrangeiros;

  • Crédito e Comercialização: linhas de crédito subsidiado, fortalecimento da CONAB, garantia de preços mínimos e seguro para policultivos;

  • Proteção às Sementes Crioulas: programas de fomento, bancos comunitários e combate à contaminação transgênica;

  • Agroecologia e Assistência Técnica: ATER pública e gratuita com foco na transição ecológica;

  • Direitos Sociais: educação camponesa, previdência rural e enfrentamento à violência contra as mulheres;

  • Transição Ecológica e Fim dos Agrotóxicos: banimento de venenos já proibidos em outros países e responsabilização das empresas poluidoras.

A pauta completa exige do Estado brasileiro um compromisso efetivo com um projeto de país baseado na vida digna no campo e no respeito à natureza.



Ações da jornada nos estados


Durante a semana de mobilização, o MCP articulou ações concretas nos territórios:

Em Goiás, mais de 400 famílias ocuparam as agências da Caixa Econômica Federal em Anápolis e Posse, exigindo a contratação de moradias camponesas e o lançamento de um novo programa de habitação rural, com infraestrutura adequada, como cisternas e quintais produtivos.



Em Minas Gerais, as atividades aconteceram em Belo Horizonte (21 e 22/05) e Ipatinga (23/05), com participação em atos públicos e reuniões com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), CONAB, deputada estadual Beatriz Cerqueira, Cáritas Mineira e EMATER. As ações destacaram a urgência de políticas públicas voltadas para a produção de alimentos saudáveis e para a habitação no campo.


No Maranhão, a jornada foi marcada por encontros com lideranças de movimentos sociais, audiências públicas, debates em escolas, distribuição de alimentos saudáveis e reunião com o secretário adjunto da SAF. Foram pautadas questões como os impactos dos ultraprocessados, as mudanças climáticas, a conservação das sementes crioulas e o papel da agricultura camponesa no combate à fome.


Em Sergipe, as cozinhas solidárias de Salgado, Umbaúba e Estância protagonizaram ações de distribuição de comida saudável, reafirmando a solidariedade como ferramenta de transformação. O MCP participou da Sessão Itinerante da Assembleia Legislativa, em Simão Dias, onde entregou a Carta de Denúncia sobre a Contaminação das Sementes Crioulas, e conquistou o compromisso de realização de audiência pública para debater o tema.



No Pará, foram realizadas atividades nos municípios de Santa Luzia, Igarapé-Açu e Ananindeua. Em Santa Luzia (19/05), um café camponês reuniu famílias para debater a justiça climática e o papel do Estado. No dia 22/05, houve distribuição de comida e atos políticos com falas de parceiros, especialmente no bairro de Curuçambá, em Ananindeua.

Essas ações mostram que a luta camponesa é concreta, cotidiana e nacional. A Jornada de Luta Camponesa 2025 aponta para um futuro de esperança, onde a comida de verdade, o respeito à terra, à biodiversidade e às comunidades camponesas sejam pilares de um novo modelo de desenvolvimento.


Comida saudável: direito do povo, dever do Estado, compromisso camponês!

 
 
 

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