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MCP-PA realiza Feira Camponesa Solidária em Igarapé-Açu

Com o lema, a solidariedade e a esperança são nossas bandeiras contra a fome, o Movimento Camponês Popular (MCP) em parceria com a comunidade católica Nossa Senhora Desatadora dos Nós realizaram a primeira Feira Camponesa Solidária no Bairro da Portelinha no Município de Igarapé – Açu no Estado do Pará. Esta atividade marcou a primavera de muitas ações que estão sendo planejadas no estado, mas também em várias capitais e cidades do Brasil.


A feira camponesa envolvida por uma mística poética e musical, cumpriu o objetivo de comercializar uma tonelada de produtos diretos da agricultura familiar no bairro da periferia, com preços acessíveis. Os produtos comercializados eram de qualidade, produzidos sem agrotóxicos e tinham como destino as famílias de trabalhadores desempregados e vulneráveis social e economicamente. Famílias que vem enfrentando o drama da fome no dia-a-dia, crescente com o aumento do preço dos alimentos, do combustível, do gás de cozinha e da energia elétrica.



O tucupi, a goma, a farinha de mandioca, o coco, a banana, o maracujá, o feijão caupi, o mamão, a macaxeira, o limão, o molho de pimenta foram alguns, em meio a diversidade de produtos disponíveis na feira. A ação contou com a alegria e a convicção mobilizadora de agricultores e agricultoras de sete comunidades de Igarapé-Açu e São Francisco do Pará, com apoio de quatro municípios da Região Nordeste Paraense, além de instituições visitantes como CONTAG, UFPA, Secretaria de Agricultura e pessoas voluntárias como padre, diácono e o Senador Paulo Rocha do PT.


Mais que comercializar, a feira representou um ato profundo de solidariedade e esperança, que marca o espirito humano em meio a um tempo conturbado de políticas desumanizadas e desumanizantes promovidas pelo governo Bolsonaro, responsável pelo aumento do empobrecimento e da fome entre as famílias trabalhadoras no Brasil.



Os camponeses e camponesas demonstraram através da feira, estarem dispostos a contribuir para mudar a realidade da insegurança alimentar e da fome no Brasil, e o nosso principal meio é a produção de alimentos saudáveis nas unidades familiares em transições agroecológicas, fruto do suor, do trabalho e da consciência coletiva.


Como se não bastasse a grandeza do gesto de comercializar a preço de custo, os camponeses doaram a renda adquirida na feira para construção da capela da comunidade N. S. Desatadora dos Nós e os produtos que não foram comercializados foram doados aos moradores do bairro. A solidariedade não pode ser um discurso, mas uma prática que incide para transformar a vidas das pessoas.


Continuaremos em macha por soberania alimentar e poder popular, sem temer amar as pessoas e por elas ousar construir ações profundas de partilha e solidariedade, além de às encorajar a recuperar a esperança e lutar por seu lugar na história dos vencedores.




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