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Rede Sementes da Vida do MCP marca presença na Conferência Temática de ATER em Brasília

  • Writer: MCP Brasil
    MCP Brasil
  • 2 days ago
  • 2 min read
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A defesa de uma assistência técnica rural mais democrática, participativa e alinhada aos princípios da agroecologia ganhou reforço nesta segunda-feira (1º) com a participação da equipe do projeto Rede Sementes da Vida: cultivando a agrobiodiversidade e fortalecendo a agroecologia no Brasil na Conferência Temática de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), realizada em Brasília. O encontro, que segue ao longo da semana, reúne movimentos sociais, organizações da agricultura familiar, instituições estaduais de Ater, universidades, parlamentares, centros de pesquisa, cooperativas, entidades da sociedade civil e órgãos governamentais indicados pelo Comitê Permanente de ATER do Condraf.


A conferência é considerada um marco na consolidação e no fortalecimento da política nacional de ATER, especialmente no contexto da transição agroecológica e da valorização da agricultura familiar como base para o bem viver nos territórios. O momento reafirma a centralidade da participação social na construção de políticas públicas capazes de responder às necessidades reais dos povos do campo.


Agente de Transição Agroecológica do Projeto em Sergipe e integrante do Movimento Camponês Popular (MCP), Luiz Fernando Santos de Jesus destacou que o espaço representa a oportunidade de reposicionar o papel da assistência técnica nos territórios. “A importância dessa conferência para mim é a possibilidade de voltarmos e dizermos qual tipo de assistência técnica queremos. Uma ATER participativa, na qual agricultores e camponeses sejam autônomos e autores do processo, reconhecendo as potencialidades e os desafios dos seus próprios sistemas de produção”, afirmou.


Para ele, a construção de uma ATER horizontal deve partir da escuta, da proximidade e da imersão junto às comunidades, valorizando o conhecimento popular e os princípios da agroecologia. “A transição agroecológica exige profissionais agroecólogos, preparados para ouvir, vivenciar e ser parte da comunidade. Só assim conseguimos desenvolver um trabalho de excelência, que dê frutos e resultados reais”, completou Luiz Fernando Santos de Jesus.


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Neste sentido, o coordenador do Projeto Rede Sementes da Vida no Pará, Márcio da Silva Ramos, ressaltou o caráter estratégico do encontro para o país. “A conferência é um marco muito importante para a sociedade brasileira, porque permite propor uma nova estratégia de ATER com participação popular, construindo um campesinato capaz de produzir e reproduzir alimentos saudáveis para a classe trabalhadora e de enfrentar a fome com soberania”, afirmou. Ele pontuou, contudo, que o desafio é grande, sobretudo diante da força do modelo hegemônico que busca consolidar o Brasil como exportador de commodities. “Mas é justamente por isso que esses espaços são fundamentais: para reorganizar forças, fortalecer políticas públicas e reafirmar que a agricultura familiar é central para o futuro do país.”


Com debates que devem se intensificar ao longo da semana, a conferência se consolida como um espaço de formulação e disputa de caminhos para uma assistência técnica que caminhe ao lado das comunidades rurais abrindo novas perspectivas para o fortalecimento da agroecologia e da agrobiodiversidade no Brasil.


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Texto: Thaís Souza


 
 
 

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